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Conhecimento, atitudes e práticas sobre tuberculose entre transgêneros na cidade de São Paulo, Brasil

Resumo

O objetivo do estudo foi avaliar o conhecimento, as atitudes e as práticas em relação à tuberculose (TB), entre travestis e mulheres transexuais (trans). Trata-se de estudo transversal com amostra por conveniência (n = 124; 58 travestis e 66 trans) realizado na cidade de São Paulo em 2014, com a aplicação do Knowledge, attitudes and practices questionnaire (KAP) adaptado. Calcularam-se as frequências absolutas e relativas para o conjunto das entrevistadas e as comparações entre as distribuições percentuais dos grupos foram realizadas pelo teste Qui-quadrado de Pearson, teste exato de Fisher ou sua generalização, com nível de significância de 5%. A maioria era jovem e não branca. As travestis apresentaram menor escolaridade, referiram mais a passagem pelo sistema prisional e se autodeclararam trabalhadoras do sexo com maior frequência. Pouco mais da metade das entrevistadas tinha conhecimento sobre a gratuidade do tratamento. Neste estudo, o conhecimento sobre a TB mostrou-se modesto, permeado por equívocos associados aos sinais/sintomas e formas transmissíveis e preventivas da doença, que influenciam em suas atitudes e práticas em relação à doença. Os resultados sugerem que as ações de educação em saúde não têm atingido seus objetivos no controle da TB neste subgrupo específico.

Palavras-chave
Tuberculose; Conhecimentos; Atitudes e prática em saúde; Pessoas transgênero; Educação em saúde

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