Resumo
As Equipes de Saúde Bucal podem trabalhar tanto com informações das populações relacionadas ao contexto familiar como epidemiológicas individuais, através de classificações de risco pensando em equidade e organização do serviço. O propósito do estudo foi avaliar a associação entre ferramentas que classificam o risco familiar e o individual. O grupo de estudo consistiu de escolares das faixas etárias de 5-6 anos e de 11-12 anos classificados para cárie e seus pais para doença periodontal e ambos para o risco familiar. Houve associação entre a classificação de risco para cárie nos escolares (n = 128) com a familiar, com Coef C = 0,338 e p = 0,01, indicando que quanto maior o risco familiar há tendência de maior risco de cárie. Da mesma forma, a associação entre a classificação de risco para doença periodontal nos pais, com a classificação de risco familiar, com Coef C = 0,5503 e p = 0,03, indicou que, quanto maior o risco familiar há tendência de maior risco de doença periodontal. Pode-se concluir que a utilização da ferramenta de classificação de risco familiar está indicada, como possibilidade de ser ordenadora das ações do serviço odontológico, organizando sua demanda com maior equidade, nesta porta de acesso.
Risco; Equidade; Saúde da família; Saúde bucal