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Aglomerados espaciais e desigualdades sociais na cobertura vacinal contra COVID-19 em crianças no Brasil

Resumo

O estudo analisou a distribuição espacial e as desigualdades sociais na cobertura vacinal para COVID-19 entre crianças de 5 a 11 anos no Brasil. As coberturas vacinais foram calculadas para os municípios brasileiros e analisadas por região geográfica e decis com base no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) e expectativa de escolaridade aos 18 anos. Modelos multiníveis foram usados ​​para determinar o coeficiente de partição da variância, e a estatística local bivariada de Moran I foi usada para avaliar a associação espacial. Os resultados mostraram diferenças significativas nas taxas de cobertura vacinal entre os municípios, com menor cobertura nas regiões Norte e Centro-Oeste. Municípios com menor IDH e anos de escolaridade esperados apresentaram menores taxas de cobertura vacinal. A análise de agrupamento bivariado identificou extensas concentrações de municípios nas regiões Norte e Nordeste com baixa cobertura vacinal e baixo desenvolvimento humano, enquanto alguns aglomerados de municípios nas regiões Sudeste e Sul com baixa cobertura localizavam-se em áreas com alto IDH-M. Essas descobertas destacam as desigualdades persistentes em nível municipal na cobertura vacinal entre crianças e a necessidade de intervenções para melhorar o acesso e a cobertura vacinal em áreas mais vulneráveis.

Palavras-chave:
COVID-19; Cobertura vacinal; Imunização; Análise espacial; Crianças

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