Este artigo procura entender o contexto discursivo da cessação da vacinação de rotina contra varíola nos Estados Unidos no início dos anos 70. Os Estados Unidos têm uma longa tradição na oposição à vacinação compulsória contra a varíola, geralmente expressa em relação ao que se refere à liberdade pessoal, à extensão da autoridade estadual e desafios à hegemonia da biomedicina ortodoxa. A rotina de vacinação contra varíola continuou nos Estados Unidos até a extinção da doença nos anos 70, seguida de uma recomendação em 1971 contra a prática emitida pelo Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos. Essa história investiga as maneiras pelas quais a oposição à vacinação compulsória contra a varíola nos anos 60 e 70 foi articulada e entendida por contemporâneos através da análise da retórica utilizada pelos principais periódicos médicos e jornais populares. Descobriu-se que esse movimento bem-sucedido de eliminar a rotina de vacinação contra a varíola explorou a linguagem da autoridade biomédica em vez de protesto político.
Vacinação; Varíola; História; Estados Unidos; Movimentos antivacinação