Resumo
O objetivo deste estudo foi determinar os fatores associados à percepção negativa de saúde no Brasil. A amostra foi composta por 5.259 adultos de cinco capitais representativas das cinco regiões do Brasil. A coleta de dados foi realizada nos seguintes municípios: Palmas, João Pessoa, Goiânia, Vitória e Florianópolis. Para analisar os dados, utilizou-se da Regressão Logística Binária para determinar os fatores associados. Identificou-se percepção negativa de saúde em 31,43% dos brasileiros. Os fatores que foram significativamente associados foram: má qualidade do ar, não possuir espaços públicos de lazer, faixa etária mais avançada, salário insuficiente para cobrir despesas, prática rara de exercícios físicos, não realizar alimentação saudável, deslocamento ativo para estudo ou emprego, tempo de deslocamento acima de 30 minutos, insatisfação com os serviços de saúde, não trabalhar e não estar procurando emprego e, por fim, residir nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil. O estudo apresenta a importância de fatores socioambientais e comportamentais para a percepção da saúde de adultos brasileiros e mostra altos índices de percepção negativa de saúde em comparação com outros estudos.
Palavras-chave:
Brasil; Autoavaliação de saúde; Exercício; Transporte ativo; Comportamento em saúde