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Óbitos no trânsito urbano: qualificação da informação e caracterização de grupos vulneráveis

Resumo

O estudo compara o perfil de óbitos por acidentes de trânsito em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, entre dois sistemas públicos de informação e os caracteriza valendo-se do cruzamento das bases de dados do trânsito (BH10) e de mortalidade (SIM). O banco relacionado (n = 306) apontou sub-registro de 24% dos óbitos e diferiu na distribuição etária com o BH10 e dos usuários da via com o SIM. A taxa de mortalidade no perímetro urbano de 10,2 por 100 mil residentes foi maior entre homens, jovens e idosos. A regressão multivariada de Poisson apontou maior número médio esperado de óbitos entre ocupantes de motocicleta (razão de médias – RM: 1,81); pedestres (RM: 1,32); homens (RM: 1,24); solteiros/separados (RM: 1,27); jovens de 18-29 anos (RM: 1,75); idosos (RM: 1,59); e no local do acidente (RM: 1,39), comparados às categorias de referência. O estudo descortina a violência no trânsito traduzida pela maior ocorrência dos óbitos na via e nas primeiras 24 horas, e confirma a relevância do relacionamento de sistemas de informação para caracterizar os grupos vulneráveis e os óbitos por acidentes de trânsito em ambiente urbano.

Acidentes de Trânsito; Mortalidade; Sistemas de Informação; Saúde Urbana

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