O estudo analisou o uso da albumina humana em hospitais do Rio de Janeiro, Brasil, utilizando os registros do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), 1999 e 2001. Como 32% das internações resultaram em óbito, em comparação com 4% de óbito para todas as internações no mesmo período e região, este foi o desfecho principal do estudo. A albumina humana foi usada em 10.111 internações de maiores de um ano, que consumiram 87.774 frascos - 50mL a 20%, com gasto de US$ 1.755,00. Os principais diagnósticos foram neoplasias (29,1%), doenças do aparelho digestivo (17,5%) e do aparelho circulatório (16%). Houve maior proporção de óbitos de pacientes mais idosos, que receberam mais doses de albumina humana, internados por mais tempo, em especialidades clínicas, em UTI, em hospitais públicos. O óbito esteve associado ao uso de mais de quatro frascos de albumina humana (RP: 1,30; IC99%: 1,23-1,37), ajustado por gravidade e especialidade. Os resultados evidenciam a baixa adesão aos protocolos, o excesso de risco para os pacientes e os gastos desnecessários para o sistema público de saúde.
Albumina Sérica; Uso de Medicamentos; Farmacoepidemiologia; Avaliação de Serviços de Saúde