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Insegurança alimentar no Brasil baseado em arranjos e características domiciliares de 2004 a 2022

Resumo:

A tendência geral de insegurança alimentar no mundo é decrescente. No entanto, algumas regiões observaram um recente aumento nos níveis de fome. Isso ocorreu no Brasil de 2014 a 2018, durante e após a grande recessão brasileira, e de 2020 a 2021, durante a pandemia da COVID-19. Este artigo descreve a evolução da insegurança alimentar no Brasil de 2004 a 2022 usando dados obtidos através das seguintes pesquisas: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e PNAD Contínua. Os domicílios foram classificados em 20 tipos de arranjo domiciliar. Inicialmente, modelos logísticos multinomiais foram aplicados para identificar os arranjos domiciliares mais vulneráveis de 2004 a 2018. Em geral, os domicílios chefiados por mulheres (negras, brancas ou casais) com ou sem filhos foram os mais propensos à insegurança alimentar. Além disso, foi abordada a evolução da insegurança alimentar no Brasil entre os arranjos domiciliares de 2018 a 2022. Modelos logísticos foram aplicados para estimar os níveis de insegurança alimentar moderada e grave para os 20 tipos de arranjos domiciliar. Além disso, foram estimados os efeitos do auxílio emergencial e as peculiaridades da pandemia da COVID-19.

Palavras-chave:
Características da Família; Recessão Econômica; COVID-19; Pandemias; Insegurança Alimentar

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