Este texto apresenta um relato da evolução dos estudos de caso-controle (ECC) até o final dos anos 80. A comparação de dois grupos quanto à exposição a um fator de risco é verificada desde o século XVII. A segunda metade do século XIX significou o declínio da Epidemiologia das "populações", e os primeiros ECC só foram realizados na década de 20. O avanço do método ocorreu na segunda metade do século, com destaque para as investigações sobre câncer de pulmão e hábito de fumar. As principais contribuições dos estudiosos do método foram o uso da odds ratio como estimativa do risco relativo; a definição dos aspectos estatísticos da análise de dados de estudos retrospectivos; o cálculo do risco atribuível e da fração etiológica para ECC; e a discussão da essência dos ECC. Os críticos referiam as fragilidades do método e a susceptibilidade aos bias. Conclui-se que os ECC tiveram aplicação crescente nas últimas décadas, sendo utilizados em diversas áreas da epidemiologia, constituindo-se em um importante instrumento para as ações de Saúde Pública.
Métodos Epidemiológicos; Estudo de Caso e Controles; Práticas de Saúde Pública