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Atividade física de lazer como fator-chave de proteção contra o declínio cognitivo em idosos: uma análise de substituição isotemporal

Resumo:

Este estudo objetivou verificar os efeitos hipotéticos da substituição do comportamento sedentário por atividade física moderada a vigorosa, sono e diferentes domínios da atividade física por quantidades equivalentes sobre o declínio cognitivo em uma população idosa. Trata-se de um estudo transversal, com 473 idosos de ≥ 60 anos. O declínio cognitivo foi avaliado por meio do Mini Exame do Estado Mental. A atividade física, seus diferentes domínios e o tempo de exposição ao comportamento sedentário foram avaliados por meio do Questionário Internacional de Atividade Física. Para a análise dos dados, foram utilizados dois modelos de substituição isotemporal, por meio da regressão de Poisson. O primeiro modelo testou o efeito do tempo de sono, comportamento sedentário e atividade física moderada a vigorosa no declínio cognitivo. O segundo modelo foi utilizado para determinar o efeito dos domínios de atividade física (lazer, trabalho, transporte e casa), tempo de sono e comportamento sedentário no declínio cognitivo. A atividade física no lazer foi um fator protetivo contra declínio cognitivo em todos os domínios testados, substituindo comportamento sedentário, sono e transporte. Por outro lado, a substituição do domínio lazer por comportamento sedentário, sono e transporte foi considerada fator de risco para o declínio cognitivo. O tempo livre mostrou-se um forte fator protetor na redução do risco de declínio cognitivo, sendo necessário incentivar e estimular políticas públicas.

Palavras-chave:
Exercício Físico; Comportamento Sedentário; Disfunção Cognitiva

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