Para a avaliação da tendência temporal da prevalência de obesidade mórbida na população adulta das capitais brasileiras entre os anos 2006 e 2017, foi realizado estudo transversal com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), analisados por regressão linear simples. Resultados evidenciaram tendência de aumento da prevalência de obesidade mórbida no Brasil. As mulheres apresentaram maiores prevalências (1,3%, em 2006, e 1,9%, em 2017) ao serem comparadas com os homens (0,9% e 1,4%). Na faixa etária entre 25 a 44 anos, a tendência foi de crescimento de 0,9% para 2,1% (p < 0,001). Em todos os níveis de escolaridade e regiões do Brasil, houve aumento da obesidade mórbida. As capitais que apresentaram tendência de aumento no sexo masculino foram: Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Macapá, Manaus, Palmas, Porto Velho, Rio Branco e Teresina. Em relação ao sexo feminino: Belo Horizonte, Campo Grande, Rio de Janeiro e Teresina. O crescimento da obesidade mórbida no país constitui um alerta para a urgente necessidade de adotar medidas para detê-la, como a regulação de alimentos ultraprocessados e ações de educação para a saúde para toda a população.
Palavras-chave:
Doenças Não Transmissíveis; Obesidade Mórbida; Inquéritos Epidemiológicos; Promoção da Saúde