O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de perdas dentárias em adultos de 35 a 44 anos de idade. Além disso, foram testadas associações entre as perdas dentárias e condições demográficas, sócio-econômicas e com utilização de serviços odontológicos. Foram analisados os dados de 13.431 participantes do estudo epidemiológico nacional de saúde bucal realizado em 2002-2003. O número de perdas dentárias (£ 12 e > 12) foi o desfecho investigado. As variáveis independentes incluíram localização geográfica, gênero, cor da pele, idade, renda per capita, escolaridade, tempo decorrido desde a última consulta odontológica e tipo de serviço utilizado. Foram estimadas as razões de prevalência bruta e ajustada através de regressão de Poisson. Edentulismo atingiu 9% da amostra; a mediana de dentes perdidos foi igual a 11. Perdas dentárias foram fortemente associadas com indivíduos residentes em zona rural, com as mulheres, com os mais pobres, com os de menor escolaridade e com aqueles de idade mais avançada. Usuários do serviço público e aqueles que consultaram dentista há mais tempo também apresentaram maior prevalência do agravo mesmo após o ajuste por variáveis sócio-econômicas e demográficas.
Perda de Dente; Saúde Bucal; Desigualdades em Saúde; Adulto