Resumo
Há poucas evidências científicas de que estratégias de requalificação urbana contribuam para a melhoria da saúde e redução das iniquidades. Este artigo apresenta o delineamento do Projeto BH-Viva – estudo “quasi-experimental”, multifásico, com métodos mistos, incluindo componentes quantitativos e qualitativos, propondo um modelo de análise para monitoramento dos efeitos que intervenções no ambiente urbano possam ter sobre a saúde de moradores de vilas e favelas em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Em análise preliminar observou-se diferenças intraurbanas na mortalidade proporcional por grupos etários, ao comparar áreas com e sem intervenção; a tendência de mortalidade de 2002 a 2012 mostrou estabilidade na cidade formal, aumento na vila sem intervenção e decréscimo naquela com intervenção. BH-Viva representa um esforço no avanço de questões metodológicas, fornecendo aprendizado e subsídios teóricos para a pesquisa e métodos de investigação em Saúde Urbana, possibilitando a aplicação e extensão em outros contextos urbanos.
Populações Vulneráveis; Métodos Epidemiológicos; Saúde Urbana