Este artigo revê e avalia dois projetos de saúde - o Koster Health Project realizado nas ilhas Koster, Suécia, e o Ametra Project, realizado entre os indígenas Shipibo-Conibo, Peru. Ambos enfocam, principalmente, os determinantes de saúde, ao invés da doença. Os projetos também privilegiam em suas abordagens os sentimentos subjetivos individuais sobre a doença, ao invés de doenças "objetivamente" reconhecidas pela biomedicina. "Mobilização" e "responsabilidade" pela saúde do próprio indivíduo são conceitos centrais em ambos os projetos. O artigo busca na ecologia humana o suporte teórico para analisar a interação entre saúde humana e mudanças ambientais. A autora enfatiza a importância da pesquisa interdisciplinar na avaliação do papel exercido pelos fatores naturais e sociais sobre os seres humanos e a saúde. A abordagem da ecologia humana é vista como complementar à pesquisa biomédica sendo, saúde e doença, concebidas como dois pontos em um continuum. A autora argumenta que em uma sociedade pluralista deve-se lutar no sentido de se avançar rumo ao polo da saúde.
Ecologia Humana; Saúde; Mobilização Social; Ilhas Koster; Índios Shipibo-Conibo