O estudo tem como objetivo descrever o papel das desigualdades educacionais por gênero e grupo etário na mortalidade por tuberculose (TB) em adultos colombianos entre 1999 e 2017. Relacionamos os dados de mortalidade com as estimativas da população nacional, com base nos censos demográficos e inquéritos para obter as taxas de mortalidade padronizadas por idade (TMPI), primárias, secundárias e terciárias, em adultos com 25 anos ou mais, de acordo com o nível de escolaridade. Foi realizado um estudo populacional com o uso de dados de mortalidade secundários entre 1999 e 2017. Foram utilizados modelos de regressão Poisson para calcular separadamente as taxas de mortalidade por tuberculose padronizadas por idade, de acordo com o nível de escolaridade, sexo e grupo etário. As desigualdades educacionais relativas na mortalidade em adultos foram avaliadas pelo cálculo da razão de taxas e o índice relativo de desigualdade (IRD). Foram avaliadas as tendências e os joinpoints através da mudança percentual anual média (APC). Entre os 19.720 óbitos por TB notificados, 69% ocorreram em homens e 45% em homens e mulheres adultos (65+). Os homens apresentaram taxas de mortalidade por TB maiores que as mulheres (TMPI masculina = 7,1/100.000 habitantes, TMPI feminina = 2,7/100.000 habitantes). A mortalidade era mais alta no nível mais baixo de escolaridade em ambos os sexos e em todos os grupos etários, portanto, as desigualdades na mortalidade por TB eram altas (IRD = 9,7 e 13,4 em homens e mulheres, respectivamente), com crescimento anual de 8% e 1%. As desigualdades altas e crescentes na mortalidade por TB de acordo com o nível de escolaridade na Colômbia sugerem a necessidade de adotar estratégias abrangentes para reduzir a carga da tuberculose, levando em conta os determinantes sociais e incluindo estratégias nacionais de educação em saúde.
Palavras-chave:
Tuberculose; Mortalidade; Fatores Socioeconômicos