Resumo:
O objetivo do estudo foi determinar a associação da adesão à dieta mediterrânea e seus grupos alimentares com sintomas depressivos em estudantes universitários chilenos. O desenho do estudo foi transversal. Um total de 934 estudantes do primeiro ano de uma universidade pública chilena responderam a uma pesquisa de autoavaliação para analisar a adesão à dieta mediterrânea - por meio de um índice validado no Chile (IDM-chileno) - e sintomas de depressão, ansiedade e estresse, utilizando a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21). Modelos de regressão logística foram utilizados para examinar a associação entre a adesão à dieta mediterrânea e seus grupos alimentares com sintomas de depressão, ansiedade e estresse, ajustados para os principais fatores de confusão. Estudantes com adesão moderada ou alta à dieta mediterrânea apresentaram chances menores de ter depressão [DASS-21 > 5, odds ratio (OR) = 0,64; intervalo de 95% de confiança (IC95%): 0,47-0,88] do que aqueles com baixa adesão à dieta mediterrânea. Um consumo de 1-2 porções por dia de verduras (OR = 0,63; IC95%: 0,43-0,92), > 2 porções por semana de nozes (OR = 0,41; IC95%: 0,21-0,80), 1-2 porções por dia de frutas (OR = 0,60; IC95%: 0,42-0,85), 1-2 porções por semana de peixes e frutos do mar (OR = 0,67; IC95%: 0,48-0,94) e 1/2-3 unidades por semana de abacate (OR = 0,67; IC95%: 0,48-0,93) resultou em chances baixas de sintomas depressivos. O consumo de cereais integrais (> 2 porções por dia) (OR = 1,63; IC95%: 1,02-2,61) resultou na associação oposta. A adesão à dieta mediterrânea e o consumo de frutas, verduras, nozes, abacate, peixes e frutos do mar estão associados a uma menor probabilidade de depressão em estudantes universitários chilenos. Recomendamos a adoção de novas políticas e estratégias educacionais para melhorar a qualidade da alimentação e promover a saúde mental de toda a comunidade universitária.
Palavras-chave:
Dieta Mediterrânea; Depressão; Saúde Mental; Adulto Jovem; Saúde do Estudante