O presente estudo analisa as relações entre a expansão dos espaços abertos, a domiciliação triatomínea e a instalação da doença de Chagas no Estado de São Paulo durante a expansão da cultura cafeeira, na primeira metade do século. No período pós-50, o início das ações de controle coincide com a desestruturação das relações facilitadoras para a instalação da doença de Chagas, através da alteração do espaço agrário, êxodo rural e destruição de domicílios de pior qualidade. A partir da interrupção da transmissão natural da endemia, em meados da década de 70, conseqüência da eliminação de Triatoma infestans dos domicílios, enfrenta-se o desafio das populações triatomíneas extradomiciliares - Triatoma sordida e Panstrongylus megistus -, cujo caráter invasivo tem requerido a investigação das possíveis repercussões humanas da sua presença, através da vigilância epidemiológica permanente com participação da população.
Triatomíneos; Vigilância Epidemiológica; Controle de Vetores; Doença de Chagas