O objetivo deste estudo foi descrever a informação que mulheres com esterilidade tubária lembravam haver recebido dos médicos quando elas compareceram à consulta em virtude de infeções do trato reprodutivo (ITR), assim como a informação que os médicos referiram dar-lhes no momento da consulta. Foram entrevistadas 16 mulheres com esterilidade primária de causa tubária, selecionadas seguindo o critério de amostra proposital. Foram selecionados ao acaso e entrevistados 15 médicos da rede pública de Campinas, SP, Brasil. A análise das respostas das mulheres mostrou que elas não lembravam de ter recebido informação a respeito de meios de prevenção ou sobre o impacto das ITRs em seu futuro reprodutivo. A análise das entrevistas com os médicos revelou que a informação que eles declararam prover às mulheres em questão sobre as formas de transmissão, os riscos para o futuro reprodutivo e meios de prevenção foi incompleta ou pouco clara. A informação que as consulentes lembravam haver recebido e a que os médicos referiram dar sobre as ITR foi similar. Em conclusão, essas mulheres não receberam informação adequada ou completa, e provavelmente não foi possível que implementassem meios de prevenção para evitar a repetição de ITR e minimizar o risco de esterilidade tubária.
Infecções do Trato Reprodutivo; Infertilidade Feminina; Infertilidade; Medicina Preventiva