A poluição atmosférica é uma das maiores preocupações para a saúde pública. Além disso, populações pobres têm sido relatadas como mais expostas a essa poluição. Desse modo, este estudo teve por objetivo avaliar a situação socioeconômica da população exposta aos poluentes atmosféricos gerados por fluxo veicular no Município de São Paulo, Brasil. Foram utilizadas informações da renda média mensal do chefe de domicílio e percentual de domicílios ligados à rede geral de esgoto, dos setores censitários do Censo Demográfico 2010. A exposição aos poluentes foi estimada pela densidade de tráfego do setor censitário e uma faixa adicional de 200m. A relação entre a exposição e variáveis socioeconômicas foi analisada pelo teste Kruskal- Wallis. A exposição aumentou conforme a melhora da situação socioeconômica (p < 0,001). A população de melhor nível socioeconômico reside em áreas mais poluídas. Entretanto, o local de residência, apenas, não é capaz de indicar maior exposição. Sugere-se a inclusão de outros indicadores de vulnerabilidade em futuros estudos epidemiológicos.
Riscos Ambientais; Poluição do Ar; Emissões de Veículos; Vulnerabilidade Social; Saúde Ambiental