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Tabagismo na América Latina: problema prioritário de saúde pública

O tabagismo já é um problema de saúde pública na América Latina, com dimensões variáveis de país para país. Foram analisados os resultados de inquéritos de prevalência em 14 países latino-americanos. A prevalência entre homens varia de 24,1% (Paraguai) a 66,3% (República Dominicana) e, entre as mulheres, de 5,5% (Paraguai) a 26,6% (Uruguai). Aplicando-se dados pontuais de prevalência ao modelo de estágios da epidemia tabagística em países desenvolvidos, pode-se supor que todos os países latino-americanos estariam no estágio 2, ou seja, com a prevalência entre homens em franca elevação, prevalência entre mulheres iniciando crescimento e mortalidade atribuível ao tabagismo entre homens ainda não refletindo o pico de prevalência. Nenhum dos países analisados parece ter atingido o estágio 3, no qual se observa uma tendência à queda da prevalência de tabagismo entre homens e o pico de prevalência entre mulheres, com amplo impacto sobre a mortalidade tabaco-relacionada. A única exceção parece ser o Paraguai, que ainda se encontra saindo do nível 1,com taxas de prevalência baixas também entre homens. No entanto, elevadas taxas de mortalidade por câncer de pulmão são observadas no Uruguai e Argentina, apontando para a necessidade de priorizar o controle do tabagismo na região.

Tabagismo; Saúde Pública; Prevalência; Impactos na Saúde; Mortalidade


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