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Testes imunocromatográficos rápidos para o diagnóstico da dengue: uma revisão sistemática e metanálise

Resumo:

A dengue é uma importante arbovirose em termos de morbidade, mortalidade, impacto econômico e controle do vetor. Os testes de referência são dispendiosos e demorados e exigem pessoal capacitado. A prevenção das complicações da dengue com o diagnóstico rápido tem tomado como base a testagem com métodos imunocromatográficos (ICT). O estudo é uma revisão sistemática e meta-análise da acurácia diagnóstica de estudos de ICT de IgA, NS1, IgM e/ou IgG em casos suspeitos de dengue aguda ou convalescente, usando uma combinação de RT-PCR, ELISA NS1, IgM IgG ou isolamento viral como padrão de referência. O projeto foi registrado na base PROSPERO (CRD42014009885). Dois pares de revisores realizaram as buscas nas bases de dados PubMed, BIREME, Science Direct, Scopus, Web of Science, Ovid MEDLINE JBrigs, SCIRUS e EMBASE, além da seleção, extração e avaliação de qualidade com a ferramenta QUADAS 2. A partir de 3.783 estudos, selecionamos 57, dos quais 40 foram incluídos nas meta-análises de acordo com o analito testado, com alta heterogeneidade (I2 > 90%), conforme esperado para testes diagnósticos. Foi detectada a maior sensibilidade conjunta no IgA de fase aguda (92,8%), com excelente especificidade (90%). A meta-análise de ICT com NS1/IgM/IgG mostrou sensibilidade de 91% e especificidade de 96%. O pior desempenho para triagem foi com o ICT de IgM/IgG (sensibilidade = 56%). Portanto, os estudos de ICT com NS1/IgM/IgG mostraram o melhor desempenho combinado na fase aguda da doença.

Palavras-chave:
Dengue; Diagnóstico; Sensibilidade e Especificidade; Revisão Sistemática; Metanálise

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