Este estudo foi realizado em área endêmica do Estado de Minas Gerais, Brasil, com o objetivo de determinar os fatores sócio-culturais que influenciam o conhecimento, as atitudes e práticas dos indivíduos da comunidade em relação a esquistossomose mansoni. Os resultados mostraram que tanto crianças quanto professores conhecem a doença e possuem concepções corretas e incorretas sobre a transmissão. A doença não é vista como um problema importante de saúde pública e não afeta as atividades pelo fato de não causar sintomas graves na maior parte da população. Apesar da maioria dos entrevistados relacionar a transmissão da doença à água e falta de saneamento básico, não utiliza nenhuma medida preventiva para evitar a infecção, tendo em vista que sua subsistência depende em grande parte da agricultura, pesca e outras atividades relacionadas à água. Neste trabalho, os autores discutem o desenvolvimento de um programa de educação em saúde baseado na percepção e conhecimento dos indivíduos sobre a doença e seus determinantes como sendo de utilidade para a modificação não só do seu comportamento mas também do contexto.
Schistosoma mansoni; Fatores Sócio-culturais; Educação em Saúde; Conhecimentos