Há poucas informações disponíveis a respeito do manejo de pacientes hipertensos na comunidade. Esse estudo mede a freqüência de hipertensão em uma cidade de médio porte do Brasil ao estudar uma amostra aleatória de 1.657 adultos com idade entre 20 e 69 anos. Os 328 hipertensos (19,8%) encontrados foram submetidos a um questionário que investigava o conhecimento a respeito de sua condição e dados do manejo deste problema. Dois terços deles sabiam ser hipertensos, mais da metade usava medicação para hipertensão, mas apenas um terço apresentava cifras tensionais controladas. Os médicos não recomendaram, para muitos dos seus pacientes, realizarem exercícios físicos, abandonar o tabagismo e reduzirem o peso corporal. Embora exames laboratoriais tenham sido realizados em muitos pacientes, exame de fundo de olho e Rx de tórax foram feitos em menos de 50%. Cuidado médico continuado pelo mesmo médico foi o único fator significativamente associado com cifras tensionais controladas (risco relativo para não ter cuidado médico continuado = 1,35, com intervalo de confiança de 95% de 1,02 a 1,71). Níveis elevados de absenteismo, redução da carga de trabalho e aposentadoria precoce foram revelados entre os hipertensos.
Hipertensão; Pressão Arterial; Epidemiologia; Fatores de Risco