No Brasil, embora materiais educativos sejam freqüentemente produzidos como parte de programas de controle de doenças, muito pouco se sabe a respeito da eficácia desse tipo de informação. Neste estudo, o potencial informativo de um folheto sobre a leishmaniose visceral foi avaliado em amostra de 551 profissionais de saúde e 379 indivíduos da população de dois municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Utilizou-se questionário com sete questões de múltipla escolha, antes e imediatamente após a leitura do material. O conhecimento inicial sobre a doença foi estimado pela proporção de respostas corretas antes da leitura do folheto. Entre os agentes de zoonoses, 90,0% em média responderam corretamente às questões, nas outras categorias, a variação foi de 45,0% a 77,0%, elevando-se para 71,0% a 96,0%, após a leitura. A questão com menor percentual de acertos, antes da leitura, foi a relacionada aos sintomas da doença. Entre as respostas incorretas verificou-se que a leishmaniose visceral é principalmente confundida com a leptospirose. Após a leitura, o número elevado de respostas corretas mostrou que o potencial de transmissão da informação do folheto foi adequado.
Folhetos; Leishmaniose Visceral; Questionário; Pessoal de Saúde