Resumo:
O objetivo do estudo foi estimar a prevalência da desnutrição por meio de indicadores antropométricos agrupados e descrever os fatores sociodemográficos, alimentares e condições de saúde determinantes da desnutrição em idosos colombianos. Foi realizada uma análise secundária do estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE) Colômbia, 2015. A pesquisa incluiu 23.694 pessoas com idade ≥ 60 anos. O excesso de desnutrição foi definido pelo agrupamento de dois indicadores: índice de massa corporal (IMC) e circunferência da cintura; o déficit de peso foi definido pelo agrupamento do IMC e das circunferências do braço e da panturrilha. Para associar a desnutrição a variáveis sociodemográficas, condições alimentares e de saúde, foi usado o teste do qui-quadrado e, para determinar a heterogeneidade da desnutrição, foi realizada uma análise de classe latente. O excesso de peso foi de 31,9%, enquanto o baixo peso, de acordo com o IMC e a circunferência da panturrilha, foi de 7,9%, e aumentou para 18,8% quando a circunferência do braço também foi levada em conta. Foram geradas cinco classes latentes para a desnutrição - classe 1: sem excesso de peso e condições de saúde deterioradas; classe 2: sem déficit de peso e condições de saúde deterioradas; classe 3: sem desnutrição e condições de saúde deterioradas; classe 4: excesso de peso e multimorbidade; e classe 5: baixa ingestão de alimentos proteicos sem déficit de peso ou excesso de peso. Conclui-se que há uma alta prevalência de desnutrição em idosos, com excesso em vez de déficit. Fatores sociodemográficos, alimentares e condições de saúde estão associados de forma diferente ao sobrepeso e ao baixo peso.
Palavras-chave:
Desnutrição; Sobrepeso; Obesidade Abdominal; Antropometria; Pessoa de Idade