Este estudo buscou analisar as fontes utilizadas por pessoas com mais de 18 anos para obter medicamentos para o tratamento de hipertensão arterial e diabetes de acordo com características sociodemográficas de 2013 a 2019. Foram analisados dados da Pesquisa Nacional de Saúde. A maioria dos indivíduos com diagnóstico e prescrição para tratamento farmacológico relatou a obtenção de medicamentos exclusivamente de um tipo de fonte. O percentual de pessoas que adquiriram medicamentos para hipertensão exclusivamente de farmácias públicas diminuiu de 24,5% em 2013 para 16,2% em 2019. Por outro lado, o percentual daqueles que adquiriram pelo Programa Farmácia Popular aumentou de 23,5% para 31,4% e gastos próprios foram de 30,9% para 35,5%. O percentual de pessoas que adquiriram medicamentos para diabetes exclusivamente de farmácias públicas aumentou de 7,4% para 18,6% e gastos próprios aumentaram de 21,6% para 26,8% enquanto o percentual dos que adquiriram da Farmácia Popular diminuiu de 47,2% para 36,4%. O percentual daqueles que adquiriram medicamentos de diversas fontes diminuiu tanto para hipertensão quanto para diabetes. Homens, pessoas brancas e pessoas com Ensino Superior adquiriram medicamentos para ambas as condições principalmente por gastos próprios. O alto número de aquisições de medicamentos de fontes públicas representa um avanço na resposta do Brasil ao tratamento dessas condições, mas reduzir as diferenças regionais ainda é um desafio a ser superado pelo sistema de saúde.
Palavras-chave:
Doença Crônica; Hipertensão; Diabetes Mellitus; Acesso aos Serviços de Saúde; Serviços Comunitários de Farmácia