Resumo:
O estudo explora as relações entre desfechos adversos de saúde oral e variáveis socioeconômicas, demográficas e de saúde oral auto-relatada, e descreve sua distribuição. Foi realizada a análise de componentes principais em dados de adolescentes na Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (N = 5.445). Foram identificadas cargas mais altas para apinhamento (0,6), irregularidades maxilares e mandibulares (0,5) e contagem de sextantes de índice periodontal comunitário (IPC) com sangramento e cálculo dentário (0,5). As taxas médias de distúrbios periodontais e oclusais foram pelo menos duas vezes mais elevadas nos adolescentes de famílias de baixa renda e naqueles que relataram necessidade de próteses dentárias, assim como, naqueles que relataram insatisfação com sua saúde dental e bucal em geral. Taxas aumentadas de disfunções oclusais estiveram associadas ao atraso escolar e história de dor de dente nos últimos seis meses. As taxas médias sugeriram o acúmulo de pelo menos um dos indicadores negativos de saúde bucal na faixa de renda mais baixa, entre adolescentes com atraso escolar e entre aqueles que relataram necessidade de tratamento odontológico. Os resultados apontam para prioridades de planejamento e monitoramento em função das necessidades de tratamento dentário.
Palavras-chave:
Saúde Bucal; Odontologia em Saúde Pública; Adolescente