Avalia-se o consumo alimentar de 244 crianças amostradas utilizando-se o registro dos alimentos por elas ingeridos, durante três dias não consecutivos da semana. Analisa-se a adequação de energia e nutrientes de acordo com o padrão definido para a população brasileira. Observa-se que a dieta dos escolares revela-se, em média, deficiente em energia: as refeições consumidas no âmbito dos CIEPs não alcançam 70% de adequação. Verifica-se que, inversamente, o conteúdo protéico das dietas apresenta-se muito acima do preconizado. Ressalta-se a satisfatória adequação das refeições consumidas no âmbito dos CIEPs quanto às vitaminas A, tiamina, riboflavina e niacina. Merece destaque a surpreendente adequação das dietas dos escolares em relação ao ácido ascórbico. Contribui para esse resultado a presença freqüente de frutas cítricas nas refeições da escola. Com relação ao ferro, constata-se que, com exceção dos escolares mais velhos, todos os demais exibem dietas que ultrapassam 90% de adequação. Quanto ao cálcio, nota-se que as dietas da maioria (exceto a dos alunos de maior idade) alcançam 100% de adequação. Resultados do estudo mostram necessidade de corrigir falhas do conteúdo nutricional das refeições distribuídas na escola, pois as mesmas constituem parte fundamental do consumo alimentar dos alunos dos CIEPs.
Alimentação Escolar; Consumo de Alimentos; Nutrição; Saúde Infantil