Os objetivos foram estimar o risco de transmissão vertical do HIV e avaliar fatores associados e perdas de oportunidades de prevenção em coorte de gestantes HIV+ (1995-2001), atendidas em Goiânia, Goiás, Brasil, com seguimento das crianças até 2005. Foi realizada conciliação de três fontes de dados: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), Sistema de Informação de Gestantes HIV Positivas e Crianças Expostas (SISGHIV) e prontuários médicos. Foram estimados os percentuais de transmissão vertical, fatores associados à transmissão vertical e ao uso de terapia anti-retroviral. Foram identificadas 276 mulheres HIV+ (322 gestações) e os desfechos foram 70 crianças HIV+. O risco de transmissão vertical do HIV foi de 27,8%. A transmissão vertical foi de 40,8% no grupo sem profilaxia e de 1% no grupo com profilaxia adequada, com 97,5% de redução do risco de transmissão. Ano do parto, consulta com especialista e não ter antecedentes de drogas injetáveis foram fatores associados ao uso adequado de terapia anti-retroviral. O estudo evidenciou importante redução do risco de transmissão vertical em gestantes que receberam terapia adequada e identificou oportunidades perdidas para prevenção.
Transmissão Vertical de Doença; HIV; Gravidez