O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição espacial do risco de dengue e a sua relação com condições socioambientais. Trata-se de um estudo ecológico da contagem dos casos de dengue autóctone, no Município de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil, no ano de 2007, agregados em 47 áreas de cobertura dos Centros de Saúde do município. Modelos espaciais de mapeamento de doenças foram construídos utilizando-se modelos hierárquicos bayesianos, por meio do método de Integração Aproximada Aninhada de Laplace (INLA). As análises foram estratificadas segundo os grupos etários até 14 anos e acima de 14 anos. Os resultados indicam que a distribuição espacial do risco de dengue não está associada a condições socioambientais para o grupo etário até 14 anos. No grupo etário acima de 14 anos, o risco relativo de dengue aumenta significativamente conforme aumenta o nível de carência socioambiental. O mapeamento dos estratos de carência socioambiental e dos casos de dengue mostrou-se uma ferramenta útil na análise dos dados dos sistemas de vigilância de dengue.
Dengue; Condições Sociais; Análise de Pequenas Áreas; Vigilância Epidemiológica