O estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da dinapenia e fatores associados em uma amostra nacional representativa de indivíduos com 50 anos ou mais no Brasil. Foi realizado um estudo transversal. O presente estudo usou dados da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil). A variável dependente era dinapenia, definida como baixa força muscular (< 27kg para homens e < 16kg para mulheres). Foram incluídas como covariáveis no modelo logístico, as características sociodemográficas estado de saúde, comportamentos relacionados à saúde e desempenho físico. Foram calculadas frações atribuíveis populacionais para os fatores que demonstrassem associação significativa com o desfecho. Foram estudados 8.386 participantes com 50 anos ou mais (53,3% do sexo feminino). A prevalência da dinapenia foi 17,2%, sendo 16,6% nos homens e 17,7% nas mulheres. Entre os indivíduos com 65 anos ou mais, a prevalência foi 28,2% (29,1% nos homens e 27,5% nas mulheres). A presença da dinapenia mostrou associação positiva com idade, velocidade de marcha reduzida, limitação autorrelatada em duas ou mais atividades básicas da vida diária, gênero, quedas, hospitalizações e doenças crônicas. A dinapenia mostrou associação negativa com escolaridade, atividade física e índice de massa corporal (sobrepeso/obesidade, OR = 0,26). Aproximadamente 9% da dinapenia eram atribuíveis a riscos modificáveis. O estudo indica que a dinapenia é prevalente em brasileiros com 50 anos ou mais, e que medidas para melhorar a escolaridade e atividade física têm o maior potencial de reduzir a dinapenia nessa população.
Palavras-chave:
Envelhecimento; Força da Mão; Desempenho Físico Funcional; Força Muscular; Fatores Socioeconômicos