Resumo
A ecologia do discurso imigratório é uma paisagem ideológica em fluxo (um ideoscape). É uma paisagem construída com base na mobilidade humana, nos mundos pessoais (lifeworlds), na segurança ontológica, e também, nas complexidades emocionais e institucionais. Nos últimos anos, há bastante produção de literatura e de etnografias de fronteira, que representam as narrativas de migrantes na fronteira E.U.A.-México. A etnografia como literatura não-ficção serve para documentar as trajetórias de fronteira. Neste trabalho, propõe-se examinar como essas trajetórias são representadas e ou traduzidas em um estudo de caso da obra não-ficção, The death and life of Aida Hernandez: a border story escrita por Aaron Bobrow-Strain (2019) em que existe uma ecologia distinta no ethos da etnografia e na criminalização do imigrante. Neste estudo de caso, avalia-se a relação entre a política de paisagens etnográficas, a tradução e a agência com base na Análise Crítica de Discurso (Wodak & Kollner, 2008Wodak, R. & Meyer, M. Methods of Critical discourse analysis. New York: Sage Publications Ltd., 2016.; Wodak & Meyer, 2016Zapata-Barrero, R.; Van Dijk, T. A. “Introducción: inmigración y discurso”. Discursos sobre la inmigración en España. Los medios de comunicación, los parlamentos y las administraciones, Zapata-Barrero, R. y van Dijk, T. A. (Eds.), Barcelona: Fundación CIDOB, 2007, pp. 9-14.) e também em questões de avaliação e tomadas de decisão (Munday, 2012Munday, J. Evaluation in translation. Critical points of translator decision-making. London: Routledge, 2012.) na tradução de etnografia como um gênero de vozes representadas e representativas.
Palavras-chave
Etnografia; Agência; Habitus Institucional;
Lifeworlds
; Tradução
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Source: (Scholten, 2018:288)