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UNI DUNI TÊ: A RECEPÇÃO DA RETRADUÇÃO E COMO OS LEITORES FAZEM ESCOLHAS

Resumo

Um dos paradoxos da era digital é que permitiu que empresas pequenas e independentes convivessem lado a lado com corporações multinacionais, uma tendência refletida no mercado editorial, onde participantes internacionais coexistem na web ao lado de editores pequenos e independentes, muitas vezes ávidos por encomendar retraduções como “apostas seguras”. Devido ao fácil acesso dos consumidores à Internet e aos baixos preços dos vendedores, as vendas de livros correspondem cada vez mais ao modelo estatístico da “cauda longa”, segundo o qual são vendidas altas quantidades de relativamente poucos bestsellers, com o gráfico despencando abruptamente devido a um alto número de itens vendendo poucas cópias. Muitas retraduções estão com frequência disponíveis simultaneamente e, como as vendas se dividem entre elas, tendem a estarem distribuídas ao longo dessa “cauda”. Com o aumento das vendas online, seja de livros impressos ou em formato digital, quando se trata de comprar um texto traduzido, os compradores muitas vezes se veem defrontados com a escolha entre várias edições diferentes. O presente artigo investiga algumas das influências que afetam essas escolas, usando retraduções de The Great Gatsby [O grande Gatsby] de F. Scott FitzgeraldFitzgerald, Francis Scott. Il grande Gatsby. Trans. Fernanda Pivano. Mondadori, 2013. para o italiano e de Il principe [O príncipe] de Machiavelli para o inglês. Faz-se referência à mudança da resenha escrita profissionalmente para as avaliações online de consumidores, bem como à importância dos elementos paratextuais, como as capas.

Palavras-chave
Retradução; Cauda longa; Recepção; Escolha; Paratextos

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