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UMA REFLEXÃO INICIAL SOBRE O PROCESSO DE TRADUÇÃO/REVISÃO DE UM TEXTO PRODUZIDO POR UMA PESSOA SURDA EM PORTUGUÊS ESCRITO

AN INITIAL REFLECTION ON THE TRANSLATION/ REVISION PROCESS OF A PORTUGUESE L2 TEXT WRITTEN BY A DEAF PERSON

Resumo

Neste artigo, discute-se o processo de tradução/revisão de textos de pessoas surdas, produzidos em português escrito como segunda língua, por profissionais tradutores e intérpretes de Libras-português (TILSP), por um lado, e, por outro, por revisores que não dominam a Libras. A questão foi proposta a partir da constatação empírica de que a tradução/revisão de textos escritos por pessoas surdas, muitas vezes, é solicitada aos TILSP, os quais costumam não se considerar devidamente habilitados para essa tarefa. Diante disso, considerou-se relevante contrastar a atuação de TILSP e a de revisores durante o processo de tradução/revisão do texto de uma pessoa surda. Para tanto, utilizam-se os dados de rastreamento ocular coletados em um estudo experimental-exploratório conduzido com esses dois grupos. O objetivo foi verificar qual grupo de profissionais despenderia maior esforço cognitivo, refletindo-se sobre as características da atividade e suas possíveis implicações para o profissional que a executa. Por fim, concluiu-se que a atividade, ao ser desempenhada pelos tradutores e intérpretes ou pelos revisores, assume uma natureza distinta e, por sua vez, implica demandas cognitivas e comportamentais diferentes.

Palavras-chave
Escrita de surdos em L2; Tradução; Revisão; Libras; Rastreamento ocular; Esforço cognitivo

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