Resumo
Partindo de uma concepção responsiva da linguagem e de seus enunciados, nossa pesquisa examina alguns dos prefácios escritos por tradutores europeus das Mil e uma noites para descobrir, por meio deles, não só as distintas relações entre a Europa e o Oriente ao longo do tempo, mas principalmente a formação de uma tradição combativa de traduções daquela obra, na qual os diferentes tradutores buscam contestar e suplantar os anteriores – ao mesmo tempo em que traduzem para alguém, também traduzem contra alguém. Tomamos como base dois ensaios de Jorge Luis Borges (“Las mil y una noches” e “Los traductores de Las mil y una noches”), aos quais se adicionam as considerações de Edward Said sobre o Orientalismo e os prefácios de Mamede M. Jarouche, Antoine Galland, Edward W. Lane e Sir Richard F. Burton para suas traduções das Mil e uma noites.
Palavras-chave
Mil e uma noites
; Orientalismo; Jorge Luis Borges