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LÍNGUA, SILÊNCIO E TRADUÇÃO NO FILME POLIGLOTA SOBRE MIGRAÇÃO DE EMANUELE CRIALESE, NUOVOMONDOGOLDEN DOOR (2006)

Resumo

O presente artigo centra-se na análise do filme NuovomondoGolden Door (Itália-França, 2006), de Emanuele Crialese, dando particular atenção ao uso de diferentes idiomas (inglês, italiano e dialeto siciliano) neste filme sobre migração e à respetiva tradução para legendagem do filme em DVD. As interações linguísticas que têm lugar em Nuovomondo colocam uma série de questões relativamente à possibilidade – e impossibilidade – de traduzir material culturalmente específico de um produto multi-semiótico para uma outra língua/cultura. Ao assumir a importância transnacional do filme como epítome de (in)traduzibilidade cultural, este ensaio examinará e discutirá questões relacionadas com o papel da língua, do silêncio e da tradução. O filme constitui um exemplo perfeito de como a língua desempenhou um papel central na definição das relações de poder entre migrantes e norte-americanos no porto “(in) desejável” novecentista. Também discute de que modo formas de inclusão, subversão e legitimação são articuladas numa cultura dominante, como a dos Estados Unidos, em resposta à alteridade e o papel da tradução como exercício de poder e de (re)negociação identitária.

Palavras-chave
Filme Poliglota; Migração; Língua; Dialeto; Legendagem

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