Foram coletadas trinta amostras de arroz em casca, armazenados por 6, 12 e 24 meses em armazéns oficiais situados no Estado do Rio Grande do Sul. Após beneficiamento do produto obteve-se 90 amostras (30 de arroz brunido, 30 de farelo e 30 de palha) nas quais verificou-se a microbiota fúngica, a presença de espécies produtoras de aflatoxinas e a contaminação por aflatoxinas. Os seguintes gêneros fúngicos foram isolados em ágar batata dextrose, em ordem decrescente de freqüência, Aspergillus spp., Nigrospora spp., Penicillium spp.; Fusarium spp.; Mucor spp.; Cladosporium spp.; Trichosporon spp. e fungos não esporulados. O grau de contaminação fúngica (unidades formadoras de colônia/grama de produto) foi baixo no arroz brunido, aumentando progresivamente em amostras de farelo e palha. Entre as espécies de Aspergillus, A. candidus foi isolado com maior frequência seguido de A. flavus. Das cepas isoladas de A. flavus 52,6% foram produtoras de aflatoxinas do grupo B. As análises micotoxicológicas das 90 amostras não revelaram a presença de aflatoxinas nos derivados do arroz.
aflatoxinas; Aspergillus flavus; microbiota; arroz armazenado; arroz beneficiado