O presente trabalho teve por objetivo apresentar as evidências da atividade antioxidante de extratos aquosos da Halimeda incrassata Ellis Lamoroux obtidos a partir da alga a temperatura ambiente (23°C). A literatura apresenta somente a atividade antioxidante de algas oceânicas associada à frações de carotenóides. Das diferentes espécies de algas oceânicas o extrato aquoso da Halimeda incrassata apresentou a atividade antioxidante mais elevada medida pela inibição da formação de TBARS, durante a peroxidação lipídica espontânea de cérebro, com um C.I.50 de 0,340mg.mL-1. O extrato aquoso da Halimeda incrassata (0,5mg.mL-1), também diminuiu in vitro a formação de peróxido de hidrogênio através de duas vias metálicas envolvendo os ácidos glutâmico e malônico. A Halimeda incrassata (nas doses de 50, 100 e 200mg.Kg-1) apresentou efeito neuroprotetivo in vivo no modelo gerbil de oclusão carótida bilateral, pela diminuição da atividade exploratória e locomotora induzida pela isquemia. Em resumo, o extrato aquoso da Halimeda incrassata apresentou propriedades antioxidantes em diferentes modelos tanto in vitro como in vivo; as quais podem ser atribuídas à presença de diversos compostos hidrossolúveis. Outros estudos são necessários para elucidar as estruturas destes compostos. A baixa toxicidade para humanos de muitas algas oceânicas, particularmente do gênero Halimeda incrassata podem favorecer a sua utilização como alimento funcional.
atividade antioxidante; Halimeda incrassata; alga; alimentos funcionais