As fibras residuais do processo de produção de óleo de palma (óleo de dendê), podem ser uma boa fonte de carotenos, pois contém, ainda, mais de 5% do óleo original, com cerca de 5.000 ppm de carotenóides. Como os carotenóides são moléculas termodegradáveis, é importante um estudo do emprego de CO2 supercrítico na extração deste óleo, visto que esta é uma técnica que emprega baixas temperaturas. Neste trabalho são mostrados os resultados de experimentos de extração do óleo das fibras prensadas de dendê, feitas a 200, 250 e 300 bar e temperaturas de 45 e 55oC. As fibras prensadas foram obtidas da produção industrial da indústria AGROPALMA, localizada em Tailândia (Pará, Brasil). O óleo obtido foi analisado por espectrofotometria UV/vis para a determinação do teor de carotenos totais. Os resultados mostram um aumento na taxa de extração entre 200 e 250 bar, mas esta variação foi pequena entre 250 e 300 bar. O teor de carotenos totais não aumenta durante a extração a 300 bar, mas tem variações importantes a 200 e a 250 bar. Os ácidos graxos livres estão presentes em quantidades superiores àquelas encontradas em óleos comerciais.
Extração supercrítica; óleo vegetal; óleo de dendê; cinética de extração; caroteno