O comércio de café descafeinado constitui 10% das vendas mundiais de café, sendo preferido pelos consumidores que não desejam ou são sensíveis aos efeitos da cafeína. Este artigo apresenta uma comparação analítica de métodos por eletroforese capilar (CE) e cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) para a quantificação de cafeína residual em café descafeinado, quanto aos parâmetros de validação, custos, tempo de análise, composição e tratamento dos resíduos gerados, bem como quantificação de cafeína em 20 amostras comerciais. Ambos os métodos apresentaram parâmetros de validação adequados. O teor de cafeína não diferiu estatisticamente pelos dois métodos. A vantagem do método por HPLC foi o limite de detecção 42 vezes mais baixo. Não obstante, o limite de detecção da CE foi 115 vezes menor do que o permitido pela legislação brasileira. A análise por CE foi 30% mais rápida, os custos com reagentes foram 76,5 vezes mais baixos e o volume de resíduos gerados foi 33 vezes menor. Portanto, o método por CE mostrou-se uma valiosa ferramenta analítica para este tipo de análise.
cafeína; eletroforese capilar; HPLC; comparação de métodos; café descafeinado