O cajá-manga (Spondias cytherea) é uma fruta com aroma intenso e sabor agridoce, sendo, por isto, bastante apreciado. Sua casca, embora mais fibrosa, é tenra e muitas vezes consumida juntamente com a polpa. A casca é uma parte do alimento normalmente desprezada, mas, muitas vezes, é rica em sabor e fibras, representando uma opção na formação de novos alimentos. Em função de não haver na literatura relato do aproveitamento da casca de cajá-manga para a elaboração de geleia, este trabalho teve por objetivo desenvolver e avaliar este produto. Através dos resultados, constatou-se que as cascas apresentaram maiores teores de proteína, lipídios, cinzas, fibra alimentar, carboidratos totais e pectina e menor teor de umidade em relação à polpa de cajá-manga. A geleia de casca e da polpa (controle) apresentaram as seguintes características físico-químicas: umidade, 29,5 e 34,2%; proteínas, 0,19 e 0,27%; lipídios, 0,11 e 0,16%; açúcares totais, 56,5 e 65,5%; e sólidos solúveis totais, 69 e 66 ºBrix, respectivamente. A análise sensorial indicou que o produto elaborado a partir da casca apresentou aceitação satisfatória para todos os atributos avaliados: aparência, cor, odor, textura, sabor e avaliação global. Conclui-se que a substituição total da polpa por cascas na formulação resulta em produto de bom valor nutricional sem prejuízos sensoriais.
cajá-manga; geléia; casca de frutas