Resumo
A percepção da posição ocupada pelos indivíduos na estratificação social tem sido um dos questionamentos clássicos da Sociologia. Vários estudos concordam que essa percepção é condicionada tanto pela posição social objetiva quanto pelas características contextuais das sociedades em que as pessoas vivem (riqueza, desigualdade, pobreza, etc.). Neste artigo, analisamos o fenômeno em 17 países latino-americanos ao longo dos anos de 2006 a 2020, utilizando uma análise multinível que nos permite conhecer a relação entre fatores individuais e agregados. Os resultados mostram que, por um lado, como em outras sociedades, existe uma tendência em direção a posições intermediárias na escala social, mantendo-se uma considerável importância do efeito do status social objetivo sobre o status subjetivo a nível individual. Além disso, a nível agregado, observa-se que o grau de bem-estar econômico e de riqueza dos diferentes países atuam como condicionantes contextuais sobre o modo como as pessoas se posicionam na escala social.
América Latina; status subjetivo; status objetivo; estratificação social; desigualdade social