RESUMO
No neoliberalismo chileno, ao contrário do que ocorre em países semelhantes da região, os mineiros atacaram radicalmente o regime de subcontratação em 2006-2007. Com muita pesquisa empírica acumulada sobre o assunto, a agência sócio-espacial dos trabalhadores, no entanto, tem recebido pouca atenção. Este documento propõe uma abordagem territorial marxista da subcontratação para resolver esta fraqueza. Procurando testar esta teoria, a metodologia consiste em reinterpretar a extensa evidência do caso chileno e a evidência original focalizada. Duas novas e centrais descobertas sócio-espaciais são: i) os trabalhadores se organizam de forma territorial e multi-escalonável para forçar negociações com a empresa cliente; e ii) utilizam “espaços seguros” estratégicos para enfrentar a polícia, centrais para se afirmar no conflito. Ao fazer isso, concluo que existe uma estratégia sindical territorial radical, que responde a contradições maximizadas pelos recursos naturais, mas que é relativamente reproduzível pelos trabalhadores na estrutura urbana.
greve; espaços seguros; relações trabalhistas; geografia política; revitalização sindical