Através da história do ensino de línguas não-maternas, a relação entre essa especialidade e a literatura tem sido favorecida por uma aprovação consensual cuja pertinência é questionada aqui. Tal aprovação se apresenta mais fincada no imaginário e na tradição do que em contribuições que a literatura realmente possa trazer para essa especialidade. Isso, considerando as prioridades a partir das quais as diversas teorias hoje atuantes no ensino de línguas não-maternas organizam o trabalho didático. Este trabalho discute a legitimação do funcionamento do literário nesse tipo de ensino porque considera que os próprios conceitos genéricos tradicionais de literatura com que ainda se opera não são consistentes com o que exige a prática pedagógica.
Lingüística aplicada; Análise do discurso; Ensino de línguas estrangeiras; Literatura