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Um estudo experimental sobre a percepção do contraste entre as vogais médias posteriores do português brasileiro

An experimental study of the perception of the contrast between the back mid vowels of Brazilian Portuguese

No português brasileiro são atestados pares mínimos estabelecendo o contraste entre vogais médias abertas e fechadas na sílaba tônica. Entretanto, há casos em que estas duas categorias variam neste mesmo contexto, sem conseqüências semânticas. Com o objetivo de verificar se este fenômeno se reflete nas representações armazenadas na memória de longo prazo e empregadas nos processos perceptivos, os resultados obtidos por doze falantes do português brasileiro em uma tarefa de classificação das vogais médias posteriores [o] e [<img src="/img/revistas/delta/v25n2/a05img02.gif" align="absmiddle">] foram comparados aos obtidos em relação ao contraste entre [o] e [u]. Estimouse o grau em que estes mesmos resultados prevêem os resultados em tarefas de discriminação. Em comparação com o continuum [u-o], foram observadas uma média mais baixa dos coeficientes de inclinação e uma relação menos estreita entre os resultados das tarefas de classificação e discriminação no continuum [o- <img src="/img/revistas/delta/v25n2/a05img02.gif" align="absmiddle">]. Os resultados sugerem que as representações das vogais [o] e [<img src="/img/revistas/delta/v25n2/a05img02.gif" align="absmiddle">] são menos distintas entre si do que as representações das vogais [o] e [u].

vogais médias; percepção da fala; categorias fonéticas; contraste


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