No presente artigo tenho o objetivo de abordar algumas questões relativas aos testes utilizados nos processos psicodiagnósticos de crianças consideradas portadoras de dificuldades de aprendizagem. Tomando como pano de fundo histórico, principalmente, o livro de Foucault Vigiar e Punir (1975/1986), pretendo investigar a hipótese de que a criança é considerada doente, anormal devido a fatores relacionados às normas impostas e não a organicidade e/ou patologia neurológica. Interessa-me refletir sobre os indícios que permitem apontar a concepção de linguagem escrita subjacente aos testes, linguagem esperada e privilegiada, mas que pode não ser a linguagem que a criança usa, vive e experiencia.
dificuldades de aprendizagem; testes psicológicos; psicodiagnósticos