As aplicações de modelos estatísticos em fonologia de laboratório têm se mostrado produtivas na avaliações do poder de predição de hipóteses. Neste trabalho, a força da restrição FootBin foi testada estatisticamente, no português brasileiro e no português europeu, a partir de preditivas Bayesianas. Partimos do pressuposto de que, se a restrição FootBin for ativa, há uma preferência, na língua observada, por palavras com um número par de sílabas. Com base neste pressuposto, o estudo foi realizado a partir de dados experimentais (apagamento/redução vocálica) analisados acusticamente e tratados estatisticamente. Nossos resultados estatísticos apontam para o fato de FootBin estar ativa nas duas variedades de português, embora a força para binariedade se manifeste de maneira mais forte em PB. O fato de FootBin estar ativa nas duas variedades da língua com forças diferentes suporta uma análise otimalista baseada em restrições.
Fonologia de laboratório; Inferência preditiva Bayesiana; FootBin; Apagamento / redução vocálica em português