Como pensar a responsabilidade do tradutor/a que se encontra "entre" a diferença de dois sistemas lingüísticos e no "meio" das várias línguas que compõem as línguas envolvidas na tradução? (P. Ottoni). Qual o papel do tradutor ao ter que (con)viver com sua língua materna e o idioma do outro? Procurarei discutir estas duas questões para pensar a responsabilidade de traduzir o in-traduzível. Parto de duas hipóteses: 1- falar idiomaticamente seu idioma é o que se chama língua materna, o que não se apropria; e, acolher o outro na sua língua é levar em conta naturalmente seu idioma (J. Derrida); 2 - O tradutor, neste corpo-a-corpo com a língua e o idiomático, está preso numa dupla responsabilidade na operação de tradução: frente ao in-traduzível do idioma, e tendo que apreender de outro modo esta intraduzibilidade. Em resumo, como refletir sobre a responsabilidade de traduzir o in-traduzível Jacques Derrida?
Responsabilidade; In-traduzível; Desconstruções; Derrida