RESUMO
O artigo propõe uma explicação para as variações das taxas de homicídios no Brasil nas duas últimas décadas. A partir da comparação de experiências etnográficas vividas no universo faccional de quatro capitais (São Paulo, Porto Alegre, São Luís e Maceió), propomos duas estratégias analíticas: 1) a desagregação de séries quantitativas de taxas de homicídios por perfis de vítimas e 2) a construção de sinopses históricas dos conflitos faccionais locais. Demonstramos como as taxas de homicídio, em perfis sociodemográficos específicos, oscilam a partir das mudanças nos conflitos faccionais locais e puxam as variações das taxas agregadas.
Palavras-chave:
homicídio; conflitos faccionais; violência; séries quantitativas; etnografia