RESUMO
Este artigo analisa a participação da política habitacional pública da Prefeitura do Rio de Janeiro no incremento do padrão histórico de produção social do espaço urbano, caracterizado por sua forma periférica e rarefeita de urbanidade. Para isso, discute o caso do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) no bairro Senador Camará, na Zona Oeste do Rio. O texto mostra como o PMCMV reitera características de um processo de urbanização marcado historicamente pela segregação socioespacial e reafirma disparidades socioespaciais, em vez de ser um importante vetor de qualificação de áreas precárias e de promoção de um modelo mais igualitário de ocupação do território.
Palavras-chave: habitação de interesse social; PMCMV; Zona Oeste; desenvolvimento urbano desigual; território